Friday, April 06, 2007

Imagens de um Killer Sentimental

"...a denotação foi seca e curta(...)a minha pobre gata francesa tremia, de olhos muito abertos. Abracei-a, amaldiçoando as malditas armadilhas da vida.
- Tira-me daqui!- gemeu ela contra o meio peito.
- Claro meu amor - murmurei-lhe eu ao ouvido antes de disparar por baixo do seu lindo seio esquerdo.
Sim é verdade, eu amava-a, mas no meu último trabalho não podia actuar de outra maneira(...) os profissionais não misturam trabalho com sentimentos(...)Ia a subir para um táxi na avenida quando ouvi a explosão.
- Que foi aquilo, chefe?- perguntou-me o taxista
- O temporal, o que é que podia ser?
- Incomoda-o a música?
- Não, deixe-a(...)"

SEPÚLVEDA, Luís "Diàrio de um killer sentimental"

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